sábado, 23 de agosto de 2008

Eu acredito...

Eu acredito... que terei de te esquecer para ser feliz. Acredito que é impossível resistir a tantas dores. Como muitas vezes te disse... o meu grande amor já não existe pois recuso-me a acreditar que essa pessoa é a mesma pessoa que vejo pelas minhas retinas. Pensei eu na minha enorme inocência que te chamaria minha para sempre... mas encontrei a verdade. Não fui, não sou e não serei o único a amar-te.. nunca serei... nunca te poderei chamar minha, pois tu não és de ninguém. Tu, na tua delicadeza e graciosidade consegues ser especial. Especial à tua maneira.. o teu mundo é diferente do meu. No meu partilham-se corações... partilham-se pensamentos e emoções.. No meu mundo perfeito... duas pessoas podem ser a mesma pessoa. Podem viver lado-a-lado durante mil anos sem nunca se fartarem, pois a chama que as consome não consome os seus corações. No teu mundo (que sem dúvida é mais real do que o meu) a lei está em sobreviver. Seja acompanhado, seja sozinho.. o que interessa é pensarmos em nós e nos nossos desejos. O que interessa é vivermos segundo as nossas regras, mesmo que essas não sejam as ideais. Não te condeno.. nunca te condenaria por algo que a maior parte das pessoas faz. Mas eu... acredito no valor e força do amor.. acredito (por mais irónico que possa parecer) que quando amamos alguém e lhe prometemos esse amor... criamos uma ligação que se essa pessoa aceitar de igual modo.. ficará ligada a nós.. não como a mesma pessoa física.. mas como a mesma pessoa sentimental. Como que o ar que ambos respiramos seja partilhado apenas por um par de pulmões... Nesse estado clínico de demência sentimental a que me submeto, poucas hipóteses terei de ser feliz.. talvez nunca o seja... mas não serei vago de espírito.. acreditarei no que o meu coração me disser... e acreditarei sempre no amor...

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